Reunião ocorreu nesta quarta-feira (15), onde os representantes estaduais do setor debateram sobre o momento do setor e quais ações podem ser feitas nesse momento de isolamento social.
A Feneauto realizou videoconferência nesta quarta-feira (15) com 22 representantes estaduais do setor. Na reunião, todos puderam fazer uma avaliação de como o setor está enfrentando este novo cenário. Na oportunidade, também foi destacado a retomada das atividades em dois estados brasileiros: Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O Detran/MS e Detran/SC retomaram suas atividades, ainda com algumas restrições, nesta segunda-feira (13) em meio a pandemia de coronavírus que impôs um período de quarentena em todo o País.
Em SC, a Portaria 238 da Secretaria de Estado da Saúde autoriza a retomada das atividades nas autoescolas, assim como dos médicos, psicólogos, entre outros prestadores de serviço ligados ao Detran/SC. A Portaria SES 238/20 criou ainda a figura da vídeoaula para o curso teórico, não permitindo a realização das aulas teóricas presenciais.
Apesar dessa imposição, o Detran/SC e o Sindicato do estado (Sindemosc) se mostraram contrários a esse mecanismo implantado pela Secretária de Saúde e buscam uma alternativa que possa viabilizar o retorno às atividades.
No MS, as autoescolas retomaram por completo suas atividades, embora algumas unidades de Detran do estado permaneçam fechadas. Mesmo sem restrição para o curso teórico nas autoescolas de Mato Grosso do Sul, o Detran/MS reforça a necessidade de adotar as medidas de cuidado e prevenção no combate ao coronavírus, especialmente durante as aulas teóricas.
Segundo relato do presidente do Sindicato do MS, mesmo com a reabertura das autoescolas não existe procura por serviços de habilitação, mas sim para solicitar a devolução de quantias já pagas no momento da matrícula na autoescola ou que foram pagas ao longo do processo que foi interrompido por conta da quarentena.
Pós-quarentena
A Feneauto está preocupada, claro que com o atual momento de fechamento das empresas, assim como será a retomada da atividade econômica do setor. Precisamos urgentemente preparar um plano estratégico com o objetivo de fazer um enfrentamento a nova realidade que virá após o término da quarentena.
Teremos que nos pautar em três pilares: tecnologia; inovação; qualificação dos empresários/corpo docente, caso contrário perderemos espaço nesses novos tempos.
A Feneauto não é contrária ao avanço de novas ferramentas tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, as mesmas devem ser feitas à luz da legislação brasileira e nos casos de mudança que as mesmas ocorram após amplos debates com a sociedade, especialistas e câmaras temáticas.
Dessa maneira, a Feneauto já se posicionou ao Denatran/Contran por meio de Ofícios e videoconferências sendo contrárias a possibilidade de substituição das aulas presenciais por videoaula ou aula presencial conectada no curso de formação de condutores, até porque não existe previsão legal para essa prática. A entidade aguarda uma manifestação do Denatran sobre todas essas possíveis mudanças no processo de formação de condutores que circulam nas mídias sociais.
Temos a clareza que o melhor cenário para as autoescolas do Brasil é o retorno urgente dos serviços prestados pelos Detran’s, desde abertura dos processos, bem como a realização dos exames teóricos e de prática de direção veicular. Caso isso não ocorra, nada do que está sendo proposto por aí vai colaborar efetivamente com as autoescolas do País.
Na videoconferência desta quarta-feira (15) ficou evidenciado que todos os sindicatos estaduais estão preocupados com o momento atual e com a retomada dos serviços, assim como buscar a forma mais adequada para retomarmos nossas atividades, uma vez que essa pandemia está mudando o mundo e criando tendências que estavam distantes das autoescolas.
“Estamos buscando soluções para tornar o nosso setor mais atrativo e sintonizado com todas as inovações que estão surgindo e que podem contribuir no aprimoramento e modernização de nossas empresas. Contudo, é importante destacar que toda e qualquer inovação na formação de condutores tenha a efetiva participação das autoescolas”